Antes e depois – Chalé das 3 esquinas

Rita Paião – Homify Rita Paião – Homify
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O artigo que preparámos para si, vai dar-lhe a conhecer o projecto Chalé das Três Esquinas no qual poderá observar as alterações significativas que sofreu com o projecto de remodelação – antes e depois. Não é à toa que foi premiado com um dos melhores edifícios do ano de 2014 na categoria de restauro e requalificação.

Antes de começarmos a descrever como era este chalé e no que se transformou, vamos apenas localiza-lo e dizer-lhe quem é Tiago do Vale. Antes de mais é arquitecto português, o que nos enche de orgulho devido à qualidade do projecto que lhe iremos de seguida mostrar! Tiago é um jovem arquitecto que estabeleceu a sua prática profissional a norte do nosso País. Depois de adquirir licenciatura em Arquitectura e se tornar mestre pela Universidade de Coimbra – em 2008 decidiu abrir o seu próprio atelier. A estética das suas obras, sejam elas públicas ou privadas, destacam-se sempre pela simplicidade e delicadeza que imprime em cada projecto. Já chega de apresentações! Vamos mostrar-lhe já já, um conjunto de fotografias que o vão fazer ficar de boca aberta! Muito profissionalismo e acima de tudo, muito bom gosto!

Antes – fachada principal

O chalé das três esquinas é um edifício que fica situado no coração das muralhas romanas e medievais de Braga.

A identidade do edifício, no entanto, perdeu-se ao longo de muitos anos de pequenas intervenções não qualificadas. Ainda assim, a fachada apresenta qualidades inerentes que ajudaram à reconstrução e remodelação. A traça original tem carisma e tem força implícita para se tornar em algo funcional e especial. Pois os pormenores existentes são as características que serão mantidas, valorizadas e eternizadas no tempo.

Antes – fachada posterior

Nesta fotografia apercebemo-nos bem da falta de estrutura da casa e dos acrescentos sem sentido que foram feitos com o passar dos anos. Os vãos de janelas na parte posterior da casa não correspondem à mesma linguagem da fachada principal. Estas são quadradas e não apresentam na parte superior a forma em bico, tal como não têm a moldura em granito presente nas janelas frontais. Nota-se claramente, que a fachada posterior foi desvalorizada em termos de arquitectura em relação à principal.

Antes – quarto

No piso mais elevado, esta divisão de tectos esconsos tem uma janela de duas folhas que deixa entrar luz natural iluminando todo o espaço. Posteriormente, esta divisão será transformada num quarto que parecerá ter o dobro do tamanho.

Antes – casa de banho e vão de escadas

A casa de banho era de reduzidas dimensões e o mobiliário sanitário apresentado era antigo e antiquado não satisfazendo as necessidades contemporâneas necessárias. O vão de escadas que faz a ligação a todos os andares, era escuro e apensas necessitava de ser tratado e mantido.

Depois .. Fachada principal

O projecto desta casa previu essencialmente uma restauração fidedigna da traça original, cumprindo os valores arquitectónicos subjacentes à tipologia original. O volume total, na verdade, era constituído por 3 casas exactamente iguais que no seu conjunto formavam o tal Chalé, daí o nome – Chalé das 3 Esquinas!

Um palacete do final do século XIX que resultou do movimento sócio-cultural dos portugueses. Quando estes emigraram para o Brasil à procura de uma vida melhor e que regressavam a Portugal com grandes fortunas e construíam palacetes, onde era visível o seu carácter ostensivo e colonial. 

A cor azul céu a fugir para o turquesa valoriza e não deixa indeferente esta fachada.

Fachada posterior

As suas fachada foram ligeiramente alteradas com a aquisição de novas caixilharias e estores exteriores – modernos e em alumínio.

O objectivo do projecto foi, clarificar os espaços e funções do edifício, adequando-o às formas de viver contemporâneas. Seguindo essa estratégia, a glória inicial da fachada foi recuperada. No interior recuperou-se a distribuição espacial e funcional, preservando-se as escadas, o soalho em madeira, assim como a estrutura da cobertura do telhado.

Último piso

Subindo os últimos e estreitos lances de escadas, chega-se à zona de dormir, espaço onde o protagonismo é entregue à cobertura, cujo sistema construtivo é mantido aparente, embora pintado de branco, conferindo amplitude e transmitindo uma atmosfera calma e serena. O soalho em madeira foi tratado com os produtos apropriados e mantido na sua cor natural, a qual já estava perdida e esquecida entre sujidade e o passar dos anos.

O corrimão foi mantido e  lacado a branco, ajudando a fazer a  ligação entre o soalha e as paredes. O seu trabalhado contrasta na perfeição com as linhas rectas das vigas do tecto e no estilo moderno contemporâneo que foi aplicado em todo o projecto. Foi aplicada um janela de tecto, tipo velux, para ajudar a ventilar o espaço e para a entrada de  luz natural.

Suite

O corredor da fotografia que mostrámos em cima corresponde ao acesso ao quarto num dos lados e do outro um closet com apoio de casa de banho. Como referi anteriormente, esta divisão ganhou amplitude e parece bem maior do que era a original. As vigas originais do tecto foram mantidas e outras mais foram colocadas para criar esta linguagem de palheiro e de estrutura à vista. O vidro que serve de guarda impede de deixar a divisão aberta para as escadas mas por ser vidro, consegue quase que não se ver e deixar o espaço amplo.

Temos de frisar ainda, que este edifício serve de habitação nos pisos superiores e que no piso térreo serve de local de trabalho – atelier de arquitectura. 

Visão geral do piso superior

Do outro lado da caixa de escadas situa-se um quarto de vestir, apoiado por uma instalação sanitária. O tema visual da casa é a cor branca, sistematicamente repetida nas paredes, tectos, carpintarias e mármore. O quarto de vestir é a surpresa no topo do edifício. 

Closet

O quarto de vestir/closet, é a surpresa no topo do edifício. Tanto o piso como o sistema construtivo da cobertura apresentam-se na sua cor natural as portas dos armários que constituem todo o seu perímetro são construídas no mesmo material. O quarto de vestir apresenta-se, assim, como uma pequena caixa de madeira, contrapondo a caixa branca do prédio e sendo contraposta pela pequena caixa de mármore da casa de banho.

Casa de banho

Em mármore no chão e nas paredes a instalação sanitária muda completamente de figura com a aquisição de mobiliário de linhas modernas. O espelho de grandes dimensões – de topo a topo – ajuda significativamente a aumentar visualmente o espaço.

O constraste

O primeiro piso reservou-se para as zonas sociais da habitação, como sala e cozinha. A caixa de escadas, definiu os perímetros da sala e cozinha, mantendo-se uma planta aberta e iluminada ao longo de todo o dia, com luz de Nascente pela cozinha, superior pela caixa de escadas e de Poente pela sala.

Os dois candeeiros iguais de forma moderna e cor arrojada, contrastam lindamente com a linguagem adaptada em toda a habitação. A mesa foi construída a partir de uma porta antiga, ganhando nova vida com a simples colocação de pés de inox.

O acesso

O projecto procurou encontrar um ponto de equilíbrio entre a arquitectura original do edifício e a arquitectura contemporânea. Apesar das múltiplas alterações arquitectónicas que o edifício sofreu ao longos dos anos, Tiago conseguiu recuperar elementos antigos da sua arquitectura e manter todas as características intactas.

O único elemento novo que foi acrescentado, foi a caixa de escadas que rompe o edifício todo com um grande jarro de luz, essa mesma, que o arquitecto quis que tivesse grande importância na recuperação do projecto.

Cozinha

cozinha tem acesso directo à sala, pois não existem portas a fechar as divisões. O piso em soalho foi também mantido na zona de confecção de refeições e apenas uma ilha com os electrodomésticos mais modernos foi aplicada. Existe ainda uma mesa redonda com cadeiras transparentes que apoiam e permitem fazer refeições sentadas.

2 funções num espaço só

Como já referimos anteriormente, o projecto previu a instalação de um atelier de arquitectura no rés-do-chão (o do próprio arquitecto) e nos pisos superiores, a habitação. Tal como o projecto original, que inicialmente englobava nos andares superiores o espaço habitacional e no rés-do-chão, um espaço para comércio.

Em relação aos materiais, destaca-se a aplicação de mármore, de vidro e de madeiras, aliados a espaços luminosos e de cor branca.

Pormenores

Os pormenores não foram esquecidos,e a com a necessidade de colocar uma caixa de correio na fachada principal, esta foi colocada num sitio estratégico para não dar muito nas vistas. O sitio escolhido foi sob a janela. Uma caixa de cor cinzenta que combina na perfeição com a estrutura das janelas, exactamente no mesmo tom, faz as delicias de qualquer pessoas sensivel aos detalhes e aos pormenores.

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